HISTORIA DO DESENVOLVIMENTO DAS CAUDAS DOS BETTAS fonte-blog do betta madeira


Historia e o desenvolvimento das caudas
Vou tentar em poucas palavras e resumindo um pouco toda a informação que tenho (e na verdade que não é pouca) procurado e estudado na nossa bem amada internet, fazer uma pequena introdução do que é hoje o esbelto betta splendns.

Há uns 150 anos atrás na região do Sião que actualmente são países como a Tailândia, Indonésia e Malásia, o habitante local criava Bettas, capturando-os nas águas rasas e pantanosas, plantações de arroz, valas, lagoas. Faziam-no com o intuito de promover lutas entre os machos, aproveitando o instinto agressivo dos mesmos.

Em aquele tempo os Bettas eram muito mais pequenos e com cores pouco interessantes. Suas barbatanas eram bastante curtas mas o suficiente fortes para os tornar bons nadadores e bastante versáteis.
Esses peixes eram muito populares, tanto assim que o Rei do Sião chegou a licenciar a recolha de bettas na natureza com o único objectivo de produzir bons lutadores.

Em 1840, o rei do Sião deu diversos de seus bettas de luta a um médico chamado Dr.Theodor Cantor: (1809 - 1860)que foi um médico Dinamarquês, zoologista e botânico.
Trabalhou para a British East India Company. Fez colecções naturais de história em Penang e Malacca e sendo o autor de vários livros como:

Notes respecting some Indian fishes (1839)
General features of Chusan (1842)
Catalogue of Malayan fishes (1850)

Muito pouco tempo depois foram introduzidos os primeiros exemplares na Alemanha em 1896. E passados 13 anos já em 1909, foi mudado o nome para outro, quando o Sr. Tate Regan indicou que já existia uma espécie chamada com o nome de "Macropodus Pugnax". Regan então resolveu voltar a baptizar dando o nome que hoje conhecemos por Betta Splendens.
E porque o nome betta splendens? Na altura Existia uma tribo de fortes guerreiros e caçadores chamados de ikan Bettah. E de ali fica a relação do nome em que traduzido ficariam chamados o Guerreiro Esplêndido

Agora todas estas tão comuns formas de bettas splendens que conhecemos, sabemos que foram derivadas do nosso conhecido betta selvagem e de barbatanas curtas (plakat).
Durante todos estes anos a criação dos betta selvagem foi segurada pelas pessoas em Tailândia. O tailandês criou bettas lutadores retirados do estado selvagem e os objectivos principais eram desenvolver sua natureza lutadora, força, tamanho, estilo de luta e cor. Tornava-se assim o modelo para a próxima geração de bettas lutadores.

Porque a selecção natural não estava aqui presente, e depois de muitas gerações de criação surgiu o betta com um dorsal levemente mais longo e barbatanas caudal um pouco maiores. Estes peixes não foram nada desejados pelos criadores de lutadores por serem menos agressivos e não podia manobra tão rápido como os seus progenitores.

Esses betta com barbatanas mais longas, agora só eram criado pela sua beleza. Provavelmente esta forma já foi estabelecida quando os europeus e americanos vieram a Sudeste Ásia em grandes números. Ao redor de 1960 criadores da Índia conseguiram criar um bettas com duas caudas, o “doubeltail” ou cauda dupla que assim o conhecemos hoje. Uma característica típica destes peixes é a barbatana dorsal ampla extrema e o comprimento de corpo levemente mais curto. Provavelmente quiseram aproveitar esta última característica e os cruzar com bettas normal de cauda simples. Os criadores notaram que com o cruzamento de estes obtiveram bons resultados, tanto na forma melhorada da cauda e dorsal largo.
Lentamente o aquárismo tornou-se mais popular em Europa e América, a Ásia respondeu a isto e começa a criar em larga escala bettas com características parecidas com estes, em relação as formas das caudas e de dorso largo ate terem grandes criadeiros só para a reprodução de bettas. A partir de esse momento os aquáriofilistas Europeu e Americanos começam a seleccionar estes peixes para obter e melhorar certas características nos peixes que recebiam de países asiáticos.

Em 1960 um criador Americano, Warren Young, prosperou na criação um betta com barbatanas bastante longas, Warren chamou estes bettas "Libby-bettas" Libby por ser o nome da esposa. Estes peixes começaram a ser vendidos a criadores de todo o mundo e também para alguns criadeiros em Ásia. E foi assim com este desenvolvimento todo que levou ao agora tão familiar e conhecido “cauda de véu”.
Por volta do mesmo tempo um criador alemão o Dr.Eduard Schmidt-Focke criou também o primeiro betta com a característica da cauda em forma de triangulo simétrico o “deltatail” ou cauda delta.

Em 1967 nos Estados Unidos da América é fundado o IBC (Betta Congress Internacional). O IBC teve o objectivo de criar um Betta com barbatanas simétricas amplas em vez de longas. Isto resultou em peixe com uma melhor capacidade de natação. Mas ainda levou muito tempo antes do outros tipos de caudas serem desenvolvidas que agora são tão familiares. Em 1980 uns bem conhecidos criadores de bettas Americanos, Peter Goettner e Paris Jones, desenvolveram o tipo de cauda de “superdelta” que eram bettas com barbatanas enormes. Em 1984, o francês Guy Delaval importou progenitores destes peixes para a França. O Delaval seleccionou e criou estes ate obter um ângulo maior do caudal. Ate que em 1987 chegou a criar peixes com um 180 ângulo de graus de cauda. Rajiv Massilamoni compreendeu que Deleval fez o que chegou a ser pensado em ser impossível. Já que ate esses tempos só era possível criar bettas com um ângulo da cauda estendida não maior que 160 graus os “superdelta”.
Laurent Chenot e Rajiv Massilamoni começaram cooperar para manter e promover desenvolvem este tipo de cauda, tentaram criar estes peixes mas eram a muito difícil de obter, o macho não fazia o ninho ou também já não era capaz de abraçar a fêmea. Depois que muitas tentativas falhadas eles decidiram juntar diferentes linhagens de bettas, Chenot e Massilamoni eventualmente decidiram criar um peixe que teve uma mãe de origem Delaval e o pai era um macho de cauda dupla cor melano de uma linha Americana. Este peixe foi chamado R39, e era juntado a todas as fêmeas de Chenot e Massilamoni. Outra vez algum peixe apareceu com a cauda a 180graus de extensão.

O criador de betta Americano, Jeff Wilson chamou-os "halfmoons" ou Meia lua. Então começou a cooperar com Chenot e Massilamoni, e utilizando o método de endogamia (acasalamentos que se dão entre indivíduos aparentados) da linha Americana com aparência de halfmoon começaram a aparecer mais frequentemente nos descendentes.

Em 1993, Chenot, Massilamoni e Wilson mostraram seus peixes de halfmoon na exposição de IBC em Tampa Flórida sob o nome CHENMASWIL e ganhou o "Melhor de exposição". Isto era o começa de uma febre verdadeira de “halfmoon”.

A última década que outro tipo de cauda foi desenvolvido. Um criador Indonésio, Ahmad Yusuf, desenvolveu o “crowntail” ou cauda de coroa, neste tipo de cauda os raios estenderam-se ate ficarem fora das bordas da barbatana. E assim ficaram com as barbatanas com a aparência de pente.

Mas o desenvolvimento dos diversos tipos de caudas não para aqui. Os Betta entusiastas de todo o mundo sempre tentam de melhorar os vários tipos existente mas também combinar e/ou desenvolver (novo) tipos de caudas.

No “halfmoon” criando isto já levou ao desenvolvimento de peixe de halfmoon com diferentes números de raios como os de 4, 8 e 16 raio. Outro desenvolvimentos recentes em halfmoon criados são o “overhalfmoons” que tem uma cauda com um grau maior que 180º extensão e o “rosetails” que são caracterizados pelos cortes diagonais de cauda parecendo uma flor. Mas também outras combinações como “plakat de halfmoon”, “crowntail de halfmoon” são os famosos “halfsun” e plakat de crowntail também já visto muito em sites internacionais.